Nesse momento soleníssimo em que, tangidas por insopitáveis emoções, vibram entusiasticamente, em glorioso epinício, todas as fibras de nosso coração – “mágico microcosmo encerrado na breve arca do peito humano”, como magnificamente o definiu o portentoso talento de Rui Barbosa – nesse dia grandiosíssimo, repito, de justíssima exaltação à sublimidade da missão de mãe, permiti, que, inicialmente, eu me transporte, nas asas vaporosas do pensamento, até uma pequenina cidade no interior, graciosamente aninhada às margens de famoso rio, Paraíba do Sul, minha terra natal, e, de joelhos, deposite na mão carinhosa, que sempre me afogou, o ósculo simbólico da imarcescível gratidão, que guardo, no íntimo de minh’alma, como jóia valiosa em escrínio indevassável, pela venerável anciã, que, há mais de meio século, regula o ritmo de sua felicidade pelas manifestações de alegria de seus filhos – minha mãe!