Biografia do Dr. Penna Ribas
Randolpho Penna Ribas
Médico do corpo e do espírito, cientista, filósofo, jornalista, conferencista, defensor do Espiritismo nos meios de comunicação: jornais, revistas e televisão.
Nasceu em 1907 em Paraíba do Sul – RJ e desencarnou em 1994 em Niterói – RJ. Fez seus estudos primário e secundário em Petrópolis destacando-se por sua inteligência e aplicação. No segundo ano Faculdade de Medicina, foi residir como interno, sem remuneração, no Hospital Marítimo Paula Cândido, em Jurujuba, quando ainda como um simples estudante de Medicina, evitou que São Gonçalo, Niterói e a antiga Guanabara, fossem surpreendidos por uma epidemia de “peste bubônica – forma pulmonar” com imprevisíveis dimensões. Diplomou-se médico em 1930, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro.
É imprescindível que se diga o papel vital da sua primeira esposa, Palmyra de Carvalho Ribas, nas duas transformações fundamentais de sua vida: de materialista a espírita e de alopata a homeopata. Foi fundador da Associação Espírita Jesus Cristo e seu diretor de Assistência Médico-Social em 1936, e, em 1948 foi presidente da Federação Espírita do Estado do Rio de janeiro em Niterói. Foi fundador da Sociedade de Estudos e Pesquisas Espíritas SEPE em 12 de junho de 1949 e do Neoespiritismo, Doutrina filosófico religiosa por ele fundada, em 08 de abril de 1972, e que tem por princípios básicos: o amor a Deus, a reconstituição do papel histórico de Jesus de Nazaré – Mestre supremo da Humanidade, e o estímulo ao auto aperfeiçoamento espiritual, como única forma de conquista da felicidade. Realizou pesquisa armada da fenomenologia mediúnica, cuja importância é reconhecida pela Grande Enciclopédia Larousse Cultural de 1989 na página 1231: “Coube à Sociedade de Estudos e Pesquisas Espíritas fundada em Niterói (RJ) a 12 junho de 1949 por Randolpho Penna Ribas, a iniciativa de realizar em instituição genuinamente espírita, estudo e pesquisa sistemática da fenomenologia mediúnica”.
Nestas pesquisas, a existência de Espiritopatias – doenças causadas por Espíritos – ficou definitivamente comprovada, estabelecendo-se um vínculo inquebrantável entre o Neoespiritismo e a Medicina; paralelamente, a forma de curar e evitar as Espiritopatias, é a Oração, focalizada intensamente no seu livro Verdades Imperecíveis. Em Niterói, o Dr. Penna Ribas escreveu nos jornais “Diário da Manhã” no “Estado” e em “0 Fluminense”. No Rio, foi colaborador de “A Vanguarda” e, em período mais longo, de “O Jornal” dos Diários Associados, onde manteve a coluna “Espiritismo – Roteiro para o Mundo”. Foi também autor de reportagens de projeção internacional em “0 Cruzeiro” e em “Fatos e Fotos” sobre a fenomenologia mediúnica e Espiritopatias. Na Rádio, proferiu, durante mais de 10 anos, palestras através da Rádio Guanabara, da Rádio Mundial e da Rádio Copacabana. Na Televisão participou de inúmeros programas nos canais: 4 (TV-Globo-RJ), 13 (TV-Rio-RJ), 6 (TV-Tupi), 12 (TV-Paraná- Curitiba), 13 (TV-Bandeirantes- SP) e 5 (TV-Globo-SP). Nesses programas realizou demonstrações da fenomenologia mediúnica com médiuns da Sociedade de Estudos e Pesquisas Espíritas, da qual foi fundador e Presidente reeleito, ininterruptamente, desde a sua fundação em 1949, desenvolvendo, com dissertações científicas, trabalho pioneiro, fruto de suas experiências e observações, para elucidação dos mecanismos da mediunidade e da gênese das Espiritopatias, classificadas em diversas categorias consonante a evolução dos Espíritos que as provocam. Recebeu o título de “Cidadão do Estado da Guanabara”, concedido pela Assembleia Legislativa do então Estado, através do requerimento de inúmeros Deputados inspirado pelo Deputado Átila Nunes. É autor de livros revolucionários, os quais apresentam novas perspectivas para a filosofia, ciência e religião. A sinopse destes livros encontra-se no link Nossos Livros deste Site. Para o Dr. Penna Ribas escrever estes livros, foi preciso muito amor e enorme sacrifício, como descrito em suas próprias palavras: “Prestes a deixar de clinicar, para consagrarmos o resto da vida à defesa do Espiritismo, nenhum lucro material visamos com as ideias aqui difundidas, senão maior aproximação do Espiritismo com a Ciência e maior espiritualização da Medicina.
Médico pobre, sempre vivendo exclusivamente da clínica, constituída, na maioria, de pobres, nada amealhamos para descanso na velhice. E, quando poderíamos enriquecer, com a explosão de publicidade que nos deu a Televisão, principalmente com a cura pública de J. Silvestre, tivemos de optar, dada a escassez de tempo, entre enriquecer ou escrever, para a posteridade, ensinamentos que, durante muitos anos, iluminados Mestres do Mundo Espiritual nos deram pessoalmente ou por intermédio de nossa primeira esposa – Palmyra de Carvalho Ribas – a quem rendemos, nesta oportunidade, sincera homenagem de amor e gratidão. Não hesitamos. Preferimos continuar pobres e, para isso, fomos obrigados a fechar o Consultório em Niterói, para o qual, ultimamente, acorria verdadeira multidão, sem discutir preço. A despeito da Mensagem que publicamos em órgão de grande circulação nesta Capital, a maioria dos clientes, até hoje, insiste, apela, quase exige que não a abandonemos. Todavia, esmagando o coração e sufocando a ambição, colocamos como sempre o fizemos, os interesses da Doutrina Espírita muito acima de nossos interesses pessoais. Por isso mesmo, embora sem aposentadoria, estamos dispostos a fechar, também, o Consultório da Guanabara, onde, apesar do grande número de pacientes, que, de todo o Brasil, máxime de São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul, apela, por cartas, no sentido de que os atendamos, estamos clinicando, apenas, uma vez por semana. Às públicas satisfações que aqui dou valem como justificação perante esses irmãos, que não pude atender como médico, mas aos quais não deixamos de ajudar com orações; e, ao mesmo passo, constituem prova de desinteresse material por conta das ideias expedidas. ”